Desde sempre a gente tem a lembrança de um rebanho de ovelhas como uma massa de que seguem seu pastor, sem quaisquer associações ao representantes religiosos, mas sim quanto a nossa proposição de nos sentirmos parte de. O mais interessante é que desde que o mundo é mundo, o homem buscando o poder sempre se apropriou de meios onde pudesse ter poder sobre os outros e buscasse liderar os bandos de ovelhas desgarradas e manter aquelas que já nasciam num seio confortavelmente iniciador da rotina e hábitos que os faziam comuns a uma mesma raça, cultura, religião.
Os mais espertos ainda iam além e se apoderavam dos à marginalidade da vida, sejam os presidiários, as prostitutas, os viviados e aqueles que , sem rumo, vaguavam a esmo sem horizonte, ou sejamos mais específicos, sem uma projeção no zênite (o ponto mais alto por onde o Sol passa na sua órbita na eclíptica. O homem ansieia naturalmente por "ser" antes mesmo de "ser alguém com identicadde definida", RG e/ou profissão, mas vai se perder deste anseio do Self em função da necessidade de sobrevivência, e esta está intimamente atrelada aos valores que o Estado e a Mídia impinhem a ele para viver nesse espaço do planeta.
O Self que se dane e ganha quem tem mais poder, mais grana, que bate o martelo e compra pessoas que formarão ídolos e levarão milhões de fanáticos aos estádios, um milhão de pessoas nos rodeios rodando numa máquina de fazer dinheiro desde o bezerro à bota de couro de novilho, das grandes duplas sertanejas que fazem fila esperando sua vez de "surtar" no mercado especializado. Sejam alguns estilistas e produtores de moda que determinam o que o mercado vai usar e comprar, sejam as montadoras a definir os estilos dos carros do ano, as cores, os acessórios. E nós, a maioria, de ovelhas endoidecidas precisando ser parte desse redemoinho de poucos manobristas, mas eles existem porque todos da cúpula ganham, se não como haveriam os conchavos, até mesmo no Senado, o que manda é ser oposição ou não, como um papel a ser cumprido diante do aleitor, que antes já estabelecida monetariamente o quanto cada ganha nessa encenação. Nós somos o grande juri de ovelhas diante de dois lados de uma mesma moeda que representa o joio e o trigo e são farinha do mesmo saco.
Os que se salvam da tsunami dos fanáticos interesses do poder, digo fanáticos porque são camaleônicos demais, embusteiros demais, excessivos e excêntricos num total delírio, que põe à vista suas bundas brancas limpas com notas de euros, cuecões rasgados que vão desfilando os diamantes, pepitas, minérios ocultados em seus porões intestinais. Ficam os que mostram a cara, que se individualizam e não se convertam cegamente ao determinado, à verdade absoluta, como se existisse somente uma, talvez daí venha muito do desejo dos grandes movimentos religiosos, que a sua doutrina venha ser a única um dia. Que este dia seja só no "apocalípse" !
Eu ainda quero uma casa no campo, onde eu possa compor meus rocks rurais. Ainda desejo ter a liberdade de ser eu mesma, de poder conviver com pessoas que se mantenham sob o que acreditam e lutem por isso, mesmo que distinto e diferente das minhas crenças.
A estes, só mesmo o caminho de cego comandado, submetidos ao comodismo, ao mutismo, à falta de esforço mental para obter conhecimento e pensar, aos que estão sempre tentando um up-grade para não ficar "por baixo".De onde mais?
Hahahahahahahahahah Benditos todos os que não se rendem!
10 comentários:
ótima reflexão e não sei se entendi direitinho o que vc quis dizer sobre as ovelhas negras.
Eu me considero uma ovelha negra (no bom sentido claro), porque sou muito diferente de várias pessoas que conheço, tenho dificuldades em ser aceitar por ter atitudes diferentes do que manda essa mídia que manipula a sociedade.
Oi Desabafando, isso mesmo, quando você mostra quem é acaba por vezes sendo ovelha negra por se individualizar, sentir-se diferente, num virar ovelha cega Maria vai com as outras, isso é mostrar-se como é.
Tendeu?
Beiju
San
aiiiiii, Sá, sabe que eu e meu amigo Peter, do meu último post, estávamos falando sobre as milhares de bengalas que são inseridas em nossas vidas ao longo de nossa pré-história, porque elas veêm de família. E como acontece de alguns de nós, conseguirmos nos desgarrar do rebanho e da massa? Como é possível que as vezes vinculos tão forte com este sentido procurado e anseado por nossa sociedade sejam quebrados? Eu disse para ele que existiam professores meus, que mesmo explicando o Big bang e teorias evolucionistas acreditavam na santa Madre Igreja. Ele me disse: vai ver que estes vinculos forão muito fortes ou dominados a ponto de não serem quebrados, ou a pessoa precisa disso para se manter em equilíbrio, pois se sente incomodada de ser colorida em meio ao preto e branco - lembra aquele filme, A vida em preto e branco - pois é.
A resposta para eu ser assim, sem bengalas, sem crenças e contra a arrebentação das ondas é: acho que li e estudei tanto que chegou um ponto que meus olhos não podiam mais negar o que minha cabeça percebia.
hehehe, mini post, me empolguei, assunto que adoro
bjos mil
Vim lhe visitar e te deixo este pensamento:
O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
Cora Coralina
Um Bom domigo para ti.
Abraços forte
É Sá eu sempre me achei a ovelha negra sempre fugindo aos padroes e gostando do que pouca gente gosta e aprova, prefiro ser a ovelha negra do que estar alienada a maioria que emabarcam nessa barca furada e se acham os espertos, pra você ser considerado ovelha branca tem que abaixar a cabeça e concordar com tudo e todos.
Ser alienada e manipulada JAMAIS.
Mas no fundo meninas, as negras não somos nós, os que se individualizam, são os que comando as ovelhas, colocando-as como cabra-cegas.
E viva nós!!!
Uhuuuuu!!!!!!!!1
Google,
Creio eu que esse caminho do intelecto buscar redimensionar valores faz parte desse poder ganho à custa da ignorância ou carência do povo.
Beijos
Sà
Um Príncipe!
Obrigada pela visita e pelo pensamento. :)
Beijos
Sà
Tem selinho pra vc no meu blog.
Nossa... belissimo texto... perfeita essa parte aqui:
Que sejamos livres como nascemos, nus, sem qualquer etiqueta, que nossas vestes sirvam apenas para cobrir nosso pudor de nos mostrar por inteiro aos desconhecidos
bj e boa semana!
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