terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desmonte Social


Pensava eu há algum tempo que bastava me encontrar, saber quem eu era, ter uma profissão, andar na moda, de forma relativa, nunca fui muito chegada a modismos, nem vaidosa o bastante para necessitar estar dentro de um certo ibope social. sempre fui destemida, bem uma das minhas associações simbólicas no meu mapa astrológico, sol em Áries regido por Marte em Aquário, individualista a princípio, egoísta por atenção, então meu mundo era meu umbigo e depois minha cabeça. por anos a fio, por motivos de rejeição afetivo, eu meio que me forcei a me submeter aos que amava para sobreviver emocionalmente, com o tempo fui abrindo espaço para minha personalidade e fui me bastando. quando me vi aos 40 anos, eu me sentia inteira, dona de minha vontade e independente, faltava ainda amadurecer emocionalmente, pois vivi pouco me poupando de sofrer, como se a falta de experiência fosse preservação, exatamente o oposto, me deu sim mais medo de me lançar na vida.  foi uma década de experiências densas e que me fizeram crescer emocionalmente e hoje vejo que me trouxeram com os pés no chão. Adeus à ilusão, um café sem açúcar, forte, uma bravata intelectual que assusta os muchachos menos desavisados, uma total falta de paciência com o humor testosterônico.
Achava que havia feitos escolhas temporárias, vivido amor e dor, raiva e me virado do avesso diante dos desafios da vida. No fundo achava eu que tinha chegado num degrau da escadaria, onde podia olhar de cima, não com o intuito de superioridade, mas sim pela busca pessoal e profissional de olhar o ser humano e a mim eu mesma como um todo e à distãncia. Mas enfim, me vejo  num enfado pessoal diante de tantas faltas, parece que houve uma guerra sem bombas, mas que foi detonando os sinais de trânsito, as placas das estradas, os livretos de ética, as aulas de Moral e Cívica. Estamos sem sinalização, sem limites, sem espelhos a refletir quem admirar, respeitar, é um caos dos tempos onde todo mundo ligado a satélites, viagiados pelos chips nos carros, celulares, e tão alienados de quem somos e o que estamos fazendo aqui e agora. somos um bando de pessoas correndo atrás da tecnologia para conseguirmos existir como seres humanos por trás de toda essa maquinária, mas nos resta uma visão pueril do nosso companheiro aolado. Não sei até onde negamos o outro à nossa frente porque negamos a nós mesmos o direito de existir de forma plena, respeitada, íntegra.  Percebo claramente essa conformação mendiga, quando inicio contato com novos grupos de pessoas, e é extremamente intimidador como me sinto "vigiada' por eles, muito ávidos por descobrir quem sou, não adianta mais a carteira de identidade, o cartão de crédito, o currículo profissional, hoje ficam a espreita do que voc~e faz ali, com qual intenção você penetrou no grupo, além daquele propósito do mesmo. Há uma desconfiança natural quanto à tua sexualidade, basta você estar sozinha, a tendência a esperar que você se declare algum gênero. é muita gente se fazendo passar por um personagem onde a maioria não questiona de onde veio e pra que serve. tem sempre uma função oculta a tentar te manipular para se ganhar em cima de você, da sua crença, da sua carência, ignorância. eu fico ali no meio, meio alienígena de ser, minha natural identidade vale de nada, meu conhecimento é deflagrado como se fosse algo impróprio num mundo de fanfarrões do alternativo. sorrio e reajo, raçuda, pego meu escudo, minha lança e luto de frente. sei que é quase em vão, ninguém muito a fim de erguer os olhos, eu mesmo já faço isso com os clubes de in-rrelacionamento das conccssionárias,, aboli as DRs por telefone com aqueles PC ambulantes que repetem o que aparece na tela, me sinto conversando com uma máquina burra, parei!
Não sei por quanto tempo vou continuar me moblizando, me incomodando com essa sociedade 'desmontada", me sinto daquelas que sobrou, fora de moda, precisando se submeter á nova onda, como seu fosse eu um ser vil, como se minha verdade e autenticidade fosse ameadoras. estamos literalmente interrando a nós mesmos, sem nem ao menos o direito a um funeral, meros indigentes de uma sociedade sem esperança, sonho de algo maior do que fazer parte do Grupo dos Vinte. talvez seja esse o caminho do Homo spiritualis, enterramos nossos valores, ego, identidade e vamos viver de brisa divina.
Mais fácil seguir do que reagir.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E Agora José ? O que Virá pela Frente ?


  
  

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Começar de novo... O Sonho Não Acabou !

Agora a gente vai poder casar de verdade e para até a próxima vez!
Nada mais gostoso do que começar de novo, uma nova relação e um casamento oficial para aqueles que gostam da instituição cível do casamento. Hoje pode-se tudo, o desprendimento às tradições eva quase à extinção de alguns ritos que são particularmente importantes no propósito de uma pessoa na busca de sua projeção social. Ficou tão fácil "casar", é só "juntar" e tão natural "descasar" que muitos casais já começavam uma relação se preparando para quando esta finda-se. Pra que colocar nome do marido e depois a trabalheira na separação? "Vamos viver juntos um tempo pra ver se da certo... Tudo bem que a liberdade é importante, mas fica tudo muito mais descompromissado e isso acaba afetando a estrutura de uma relação, que começa sem "planos a dois". Uma vida a dois implica em um projeto, em filhos, ainda tem gente quer quer formar uma família, ter filhos, buscar uma segurança numa relação estável.
Nem sempre as coisas acontece como esperadas, a maionese desanda,seja porque era paixão avassaladora e um dia você acorda e num rola mais aquela "liga",você vai conhecendo mais o outro, a intimidade é gritante e você começa a enxergar os pelos encravados fedidos. Além de a vida fazer acontecer o amor de novo, quando menos se espera, algumas vezes existe mesmo uma natural necessidade em "pular a cerca", a rotina mata, as dificuldades cortam o tesão, rola um caso e vive-se por muito tempo esse tipo de situações no paralelo. Hoje tão natural a convivência com a infidelidade, mas ainda é um calo numa relação conjugal, admitindo-se ou não como possibilidade real, a bosta do calo DÓI!  Muita gente convive com a dor da traição, com a culpa desta, com a vida dupla, com a dualidade entre dois amores, mas muita gente sofre em silêncio, se impondo presente à vida de quem não o deseja mais, usa de chantagem com os filhos, com os bens partilhados, com os segredos e fraudes do outro e não fica mais feliz por dificultar a felicidade do outro. Tudo tem seu preço, mas não pode jamais a revanche ser cruel consigo próprio, é burrice.Agora a Lei permite de forma mais simples e rápida, o fim do casamento, o divórcio, num simples ato no Cartório.
Enfim se-pa-ra-dos ! 
Livres pra voar. Ninguém precisa carregar o outro nas costas, mesmo que seja só no papel. O que importa é que agora, qualquer um dos dois pode começar de novo, basta se arrepender, querer o fim, dizer "adeus" de tudo, laços cortados e um novo caminho aberto para ser feliz. Recomeçar é preciso, findar laços rançosos, dependências psicológicas desnecessárias, desfazer elos para dar espaço para si mesmo. É preciso dizer adeus, seja com dor, amor ferido, sentimento de rejeição, abandono,mais vale a possibilidade de recomeçar, a partir de um fim doloroso, do que carregar dor e ressentimento numa relação que não existe mais. Tudo passa e a dor também passa, amamos e des-amamos, chegamos até a odiar, menosprezar e desprezar os sentimentos do outro. Faz parte da vida existe início, meio e fim para tudo.Que bom que podemos sempre dar um novo sentido à nossa vida, seja casando com outro, seja casando consigo mesmo.

domingo, 18 de julho de 2010

Mulheres Não Gostam de Fazer Sexo?

Como? Ouvi bem? Ontem um conhecido me dizia essa "pérola" de frase, como se ainda fôssemos apenas um corpo que deve estar pronto e propício a saciar o desejo masculino e , em consequência, a procriar os xy dele, garantindo a continuação da espécie.Isso me lembra aula de biologia de primeiro grau. Hoje as coxas pensam antes de se separar, talvez aí exista um movimento feminino em "dar as costas" ao homem em algum momento dessa relação sexual.
São fantasias sexuais distintas, enquanto o homem tende a erotizar de forma mais sacana, a mulher prefere mais magia. Creio eu que isso venha lá incrustado nos nossos xx de inconsciente coletivo, ainda jaz a necessidade feminina de negar a culpa de sua sexualidade tão retaliada nos primórdios. Conheço inúmeras mulheres, inclusive eu, que têm "complexo de puta". Aquela sensação de sempre ser vista, tida como uma corruptora do racional masculino em prol da subjugação deste pelo desejo e atração do ninho da serpente. É ridículo, mas é verdade, rola um anti-clima quando a sexualidade é presente e consciente no corpo da mulher, a própria história vai reafirmando parte dessa praga de puta, a maioria põe de lado e vai pra cama, mas fica no ar sempre um desejo de não ser confundida.E, verdade seja dita, já ouvi coisas de alguns desavisados machos e trogloditas conscientes, que me dá asco. No fundo do baú do saco escrotal rola um pensamento nefasto dessa mulher poder dominar o falo, e uma clara suspeita de ali viver uma cabeça literal como a deles, que só pensa em tirar proveito dessa fragilidade fálica. Parte desse desencontro de fantasias existe porque a maioria faz sexo, não busca desfrutar do sexo a dois. A coisa é a dois, não é um comendo o outro somente, é dando prazer ao outro e tendo prazer com o outro, é um encontro de corpos sim, mas junto vai sexualidade mal resolvida e mal conhecida, vai tabu, repressão, emocionalidade distorcida, carência, crenças  e valores.
Você tira a roupa, mas deita na cama com todas as expectativas  de ser aceito, ser gostoso, com todos os medos de engravidar, pegar Aids, HPV, ser estuprada,brochar, não ter orgasmo. Caraca! É muita minhoca nessa cama, nessas horas a literalidade progesterônica ajuda e muito, o pinto ser um órgão externo favorece a vaidade, a expressão clara do poder de ereção , a pressão sanguínea no pênis a criar uma urgência para a ejaculação, força mais ao homem esse estado de alta concentração de adrenalina e embota outros sensos. Fora que essa fantasia sacana ela pode chegar a níveis bem pueris, o que de certa forma atiça o lado "lobo-mau" de caçador domando a fera. Creio eu, cá só pra nós, quando vulgariza essa mulher na fantasia dá a ele uma desculpa para sua sofreguidão ardente sem freios do que é pecado, e uma enorme desculpa para libertá-lo da culpa. Difícil é trazer todas essas questões para uma relação onde pouco se troca além do corpo, onde a fragilidades de ambos solapa o exercício da sexualidade e viva os hormônios e o tesão que tomam conta da festa e tudo termina num orgasmo gostoso, saciando o corpo, quando rola orgasmo e, quando fica no ar o que cada um deseja com isso.
Mulher que assume seus desejos, que os conhece, se dá prazer,se toca, reconhece onde goza mais, quer aprender onde pode gozar diferente, é uma mulher parceira no sexo. Essa vira as costas se está cansada, se ta puta com o parceiro, não como retaliação,mas porque pra ela tem que ter mais do que um pinto ereto cutucando ela embaixo do lençol.Parceiro sexual tem que entrar no clima dela, seduzir esse corpo emocional, cheio de hormônios que faz reagir mais e em cadência como entorno. Mulher é receptiva, um cálice meio-cheio de abundante calor e umidade que flui ao sabor de toques, afagos, pressão,força na medida certa do jogo de sedução, seja na fantasia de tímida imatura diante de seu professor mais velho, seja ela a dona do garotão inocente a lhe dar noções básicas de despertar uma mulher. A versatilidade feminina pode ser um ingrediente a mais,desde que exista uma cooperação do parceiro a lhe fazer sentir-se fêmea, amante, desejada, toda fantasia é possível a dois,desde que exista em comum a intenção de ter prazer a dois.

Tem muito homem que não faz sexo com uma mulher, faz só com o corpo dela e com ele mesmo e sua fértil imaginação.