sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Sou de Fases

Sou uma Roda da Fortuna, seja na Numerologia do Número do Destino, seja na própria existência em que vejo um caminho de fases, ciclos que se abrem e se fecham, e tudo começa de novo. Tenho muito claro em meu íntimo que os fins me trazem uma enorme força, como se fosse eu um vulcão adormecido na crise interior, pacientemente ostrácica a espera a hora exata de quando esteja eu pronta para me lanchar em larvas fumegantes e ir deslizando e naturalmente me regenerando, seja por expurgar o mau oculto, seja por poderme cristalizar das cinzas .
É uma reconstrução extremamente prazerosa, poder descobrir que sou caoaz de ir ao fundo do poço, ao silêncio do da total inércia, quase como se hibernasse , produzindo poder interior para rodar a roda da vida e, começar de novo. Cada morte, cada fim, cada adeus, cada choro doído, parece ser vento forte que bate nas janelas assobiando que lá vem chuva, chuva pra lavar as montanhas empoeiradas, aumentar as correntezas dos rios, ver subir o volume das cachoeiras a desabar do alto e se aconchegar no lago plácido, como se ali fosse colo de mãe, fosse cama quente e comida na barriga a me dar plenitude interior.De bruxa eu me transformo em ninfa das fontes de águas puras e vou rumando sem rumo, atraída pelos sons das florestas, pelos sussurro dos bichos a pisar nas folhas no chão da floresta.

Os caminhos se abrem à medida de que caminho em direção à minha missão pimeira, alguns anos depois o desconhecido tonara-se um caminho ainda sem fim, mas já existia o de melhor, o pazer de me perceber capaz de mudanças pessoais. Aprender a dizer não à carência, à sedução, dizer sim aos meus valores pessoais, me definir como passageira da vida, a cada dia estou de um jeito, a qualquer momento estarei de outra forma, a liberdade vital que minha individualidade requer, pode ser e ir me modificando de acordo com o caminho, as provações. O bom da história é que eu resisti bravamente como uma boa Roda, a ser forçada e puxada por bois, sou marrenta e controladora, mas o prazer que me dá quando eu me declino e me rendo, um enorme esforço e uma graça de humildade.

Nasci tal qual um timão, nas mãos do meu Comandante, flexível a contornar as tempestades e dura como uma rocha a resistir à morte, mesmo que a Roda, rede, meu fogo divino continuará a ser fiel luz do meu destino. Muitos já se foram, se engancharam, ampararam nas curvas, me seguiram, a maioria se perdeu no rumo, outros sacudi e larguei pela estrada, mas continuo a jornada, sem paradeiro, tropeçando nas pedrinhas, chacoalhando a carcaça dolorida, inspirando o ar puro a oxigenar meus glóbulos vermelhos, ativando meu sangue a correr nas veias e me limpar os miasmas , e assim sair saltitante, livre, leve e solta par mais um novo rumo.





4 comentários:

Amanda disse...

Acho que é essa a graça de ser mulher.
Ser muitas dentro de uma só.

=)

Anônimo disse...

É MUITO BOM SE REPRIMIR PARA DEPOIS SE SENTIR LIVRE, SE SOLTAR, POIS A FORÇA É MAIOR, A RODA GIRA COM MUITO MAIS FORÇA. ESPERO, REALMENTE QUE A MINHA NÃO SE QUEBRE NESTA FULGAZ LIBERDADE!!!
BJ

,,, disse...

Pois é minha cara e estimada sócia...Tu és a Fênix, ressurgindo sempre das cinzas de um fogo que ardeu até o fim, enquanto os violinos tocavam...

Depois os violinos ardem, dando lugar apenas para o canto da ave muito mais belo e de vôo mais longinquos do que antes...


Poder das entranhas...
De quem sabe ser mulher.

DESASSOSSEGADA disse...

Não acho palavras pra comentar esse post mesmo pq eu não estou em muitas condições de racicíonio (se beber não blogueie kkk)

Mas passei pra deixar um OI...