sábado, 22 de agosto de 2009

Vivemos de Fantasias e Cinzas

Nesse desfile da vida, cada um com sua máscara, traje predileto, quem nem o da missa de domingo, esse é em honra ao divino, mas a fantasia é uma alusão clara da nossa covardia de sermos quem somos. Será que nos questionamos isso? Por vezes receio que muitos nem se dão conta do que fazem por aqui, comprar máscaras iguais, costumizam as vestes e vão atrás da banda. Cada cor, flor, botão, lantejoula cria uma personalidade, mas quanto de você está presente enquanto máscara?
Vivo ouvindo o assobio do medo das pessoas em levantarem suas fantasias e poderem se olharem nuas de suas auto-imagens. Não que eu queira um bando de peladões correndo pelas ruas, desesperados a procura de si mesmos, mas como é revigorante ver alguém saindo da casca do ovo e renascendo pra vida, pleno de possibilidade de ser quem seja a qualquer momento. Pouco nos damos chance da autenticidade, essa pessoa que mora aí dentro de você, que você protege para não sofrer ou ela se protege do que você faz .

Máscaras são uma opotunidade de soltar nossos "bichos da gaiola das loucas" sem que sejamos trucidados pelos abutres. Hoje os abutres fedem mais. Mas a festança corre frouxa e as carapças vão aderindo ao couro e nos "personificando" de múçtiplas personalidades. Tem gente que acredita no que vê quando se olha no espelho, aliás, só sobrevive pelo que mostra. Assim podemos compreender que a moda é de um enorme valor nessa inconsequente fuga da nossa própria realidade, isso sem nem levar em consideração aquela que nos cerca.

Uns tomam extase pra alegrar a si mesmos na festa, pois a coisa é tão grave que a festa de fora não consegue mais levar o indivíduo de dentro pra dançar. As festas Ravi bombam, pois é que nem vigília evangélica no Maracanã(sem qualquer desqualificação, sim a associação com a multidão e o poder da vibração), o povo vai se juntando, juntando, se unindo num mesmo "sommm", bebe pra ficar no mesmo ritmo, umas bolas pra ser corajoso e ali o cara se perde na loucura do "barato" e manda ver! Po! Hippie pelo menos ficava sujo e fumava maconha por ideologia.

Isso sem falar no carro do ano, na casa num Condomínio tal, o tal do "Status Cu". Tenho um conhecido bem próximo, rico, bem-sucedido, negócios, tenis no clube, vive na Europa a trabalho e num sobra tempo nem pra entender o que falta a ele.Ele tem tudo à volta dele para esconder o enome medo de ser ele mesmo, ele se construindo em busca de uma auto-imagem de sucesso e seu castelo de cristal está sem a princesa, só sobrou a madrasta.

3 comentários:

Amanda disse...

é por isso que eu faço logo a propaganda do pior de mim.
rs.

Tô brincando.


Gostei muito disso que você escreveu porque me lembra um estudo sobre bailes de máscara que fiz quando não tinha mais o que fazer. Adorei.

TPM Aguda disse...

As vezes acho que as as máscaras são úteis para novidades. Não que somos todos falsos, mas com certeza, todos gostamos de sair da rotina e de fazer coisas incríveis.

^^

,,, disse...

Minha sócia amada *.*

AMEI AMEI AMEI a música que tu poix aqui =)
Quanto ao baile de máscaras, um rosto nú na sociedade, é como se fosse um atentado ao pudor...Tb corre-se o risco dos cuspes...O rosto descoberto já recebe os nãos e o sim que lhe cabe...

E o preço é alto, bem alto, beirando a moeda da solidão!!


BEIJOS