Quantas existem dentro de mim?

Pensando  eu na vida,lembrando das minhas histórias pra contar, fui identificando várias facetas, uma seleção bem contraditória e que faz a vida poder ser essa coisa maravilhosa que faz a gente sofrer e chorar e paralelamente a gente tem a capacidade de sorrir e cantar.

Adoro esse meu jeitão criança, que ainda tem um quê de inocência, que gostaria de não precisar ficar desconfiada, acho tão bom ser autêntica.  Minha máscara mais forte é a da autoridade, pura proteção, a voz engrossa e quem me conhece já sabe que algo está acontecendo, e é essa mesma sargentona que se exige demais não errar, morre de medo de ser condenada pelos outros, é uma mãe-judia, não passo a mão em vitimados, ajudo quem quer se ajudar.Uma menina e uma velha rabugenta(risos).

Tem o meu lado "Madama", sabe aquela que adora um Hotel *****, ser servida, motorista, massagista, esse odeia ser mal atendido no comércio,nada me deixa mais irritada do que uma má administração que regala aos consumidores um descaso total.Nessas horas eu queria ser a maior autoridade e mandar ver com direito a carteirada e tudo. O meu barraco é comedido, odeio escândalos, prefiro engolir a humilhação porque fico profundamente magoada com a deselegância alheia, falta de respeito, vulgaridade e isso de jogar na cara do adversário os podres dele.Pura apelação e jogo sujo, prefiro o silêncio para não me expor, puro medo do revide, mas depois haja massa cinzenta para ruminar todo esse sentimento e poder compreender o porque da má intenção da pessoa e da total falta de amorosidade com alguém tem sentimentos. Mas, se de um lado eu me calo chocada, do outro, quando vejo o preconceito, a soberba e a injustiça, eu boto meu bloco na rua. É um abuso, uma invasão as pessoas se darem o direito de enxovalhar a moral das pessoal, sua sexualidade, suas limitações físicas, sua ignorância. Ó ODEIO gente medíocre que solta a língua sem olhar dentro de sua própria família, na sua história pegressa, o futuro dos filhos, netos. Aqui convivem a mulher discreta com a contestadora.

Ah, tem a dona educadora em saúde pública, essa é uma eterna "Anna Néri" que não esquece o que aprendeu e ta sempre tentando fazer algo de bom, de qualidade, pela saúde, reformulando hábitos, ensinando sobre o valor da orientação médica para a administração de medicamentos, fica lá falando pras paredes par fazer as pessoas se tocarem que ninguém nasce infeliz ou tem que viver infeliz, deprimida. O povo não se dá conta que é preciso terapia, que medicação existe para propiciar uma melhor qualidade de vida para aqueles que sofrem de processos psico-patológicos. É, a resistência é normal, ninguém quer admitir ter problemas psicológicos, sexuais então...todo mundo tem orgasmo, nunca brocha, num sofreu abusos de toda forma na infância ou dentro de casa, tudo "normalzinho". Mas eu não me calo, mentiu pra médico, dou bronca, escondeu sintoma do pessoal em casa, reclamo pacas, se quiser minha ajuda, vai precisar me enxergar como profissional, essa de me usar na hora da crise e nem aí com meu conhecimento, dou meia-volta e bye bye. No mesmo passo eu tenho toda a boa vontade do mundo em poder servir a alguém quando precise, seja a qualquer hora que o telefone toque,eu dou atenção. Prezo a dor do outro, poder mostrar ao outro que ele não está só, que se desabafar, conversar sobre a situação é um exercício de catarse e de reflexão sobre si mesmo e o que envolve toda a situação. A competente versus a Madre Teresa.

Eu sou uma mulher das verdades, língua afiada, adoro uma discussão sadia, a gente sempre aprender com o olhar do outro. Fui me buscar, descobrir quem eu era e aprender a me validar. Caraca, é uma sensação tão boa essa da gente se sentir preenchida , meu recheio é bom. :) Ta certo que o  medão  tirou parte da mulher gostosa muito assediada, e a gordura é um distanciamento real que se cria tanto pelo receio da intimidade como da insegurança física. Não tenho medode mostrar o meu lado mau, as mazelas, acho que muito dess mulher cheia de gás intelectual é super sensível, e acho importante assumir este lado e mostrar aos outros que de qualquer forma, eu me gosto e continuo tentando ser melhor. Cada dia eu me descubro mais e percebo o quanto eu já me transformei, dá uma sensação de dever cumprido, fiz algo por mim, por isso talvez, eu tenha tanta gana de poder ensinar aos outros que a gente pode sempre mudar e cultivar uma essência que sobreviva a todos os desafios e aceite as adversidades como ensinamento.