Do Que as Mulheres Gostam

Champanhe é algo excitante, como um homem excitado, borbulhante de desejo  e que explode em paixão!

No mês em que comemoramos a Mulher, brindemos ao que essa mulher tanto gosta, dos Homens da vida dela.

Nós, mulheres, fomos escolhidas "mulheres" pelos homens. Se não fosse o espermatozóide xx mais pesado e demorado, nasceríamos meninos, é nosso pai que escolhe sermos meninas! Dependendo desse pai, ele pode virar herói ou bandido, presente ou oculto, será sempre uma presença viva que em algum momento da nossa história nos deu a possibilidade da vida. Mesmo que a relação materna seja íntima e eterna, a imagem que vamos construir desse arquétipo masculino na infância nos carregará para os braços de um "príncipe", um "bobo da corte" ou um "zé ninguém". 

Essa Mulher(Elis Regina) fala de uma mulher que busca na vida ser mulher, mãe e amante, muitas vezes opta pela executiva ou pela esposa-mãe. Ela hoje tem muitas possibilidades, ainda ganha menos, mas tem um jeito diferente de ver a vida e cultivar auto-estima.

 Ela nasce em meio aos Contos de Fadas e tem dentro de si o sonho do amor romântico, mesmo aquelas evadidas da bolha cor-de-rosa, ainda suspiram com o amor quando o encontram. A maioria deseja este homem que possa protegê-la amorosamente, que sinta-se cuidada e amada. Esse homem nem sempre declara seu amor, não dá rosas, nem poemas, mas ele abre espaço na vida dele para essa mulher.

Esse corpo másculo, forte, pelos que arranham e excitam, um arrojo na hora do sexo. Quantas e quantas vezes essa mulher  namora esse homem depois do amor, observando-o dormindo ali tão relaxado, quase um menino, sentindo seu cheiro,  desejando poder colocá-lo no colo como se fosse um menino,  precisando sempre estar  homem, amante, pai.

Quem sabe será ele eleito por ela ou pelo destino o pai de seus filhos, seu marido, com quem poderá fazer planos para o futuro, dividir as tarefas de casa, a responsabilidade com os filhos. Esse é aquele homem que gosta de voltar pra casa no fim do dia, de ver tv, monopolizar o controle remoto, dormir durante o filme romântico enquanto ela chora copiosamente .

Ele pode não ser famoso, só cantar no chuveiro e bem desafinado, mas ele consegue dizer coisas que a derretem por dentro, que a faz sonhar satisfeita com aquele jeito charmoso dele, pode até ser meio cafona, brega, mas é o homem que cativou seu coração. Ele pode ter qualquer "defeito", mas ela vê ele de um jeito só seu.

 Esse homem é um sedutor, desde o primeiro olhar, ate o jeito de andar, torax largos onde caem bem qualquer roupa, desde um terno elegante a uma camiseta velha com furinho e tudo, com que ele dorme nas noite frias. Ele é um homem igual a todos, pode ser bonito ou feio, barrigudo ou tanquinho, um filé de borboleta ou um peru  coxudo de Natal, mas... quando ele chega perto,aquela pele quente, hálito morno, corpo excitado a colar-se nela, ela se renda feliz, querendo ser possuída,e domada por ele.

Ah... mas ela curte de montão esse cara que brinca na cama com ela, que a faz chorar de rir, que sonha junto vendo a lua cheia, que contava estrelas no namoro e agora faz contas das despesas. Ele ainda faz as vontades dela,  satisfaz os desejos de grávida de madrugada, ele chora de moção sem vergonha, é seu cúmplice.

 Ela sabe que um dia ele vai "falhar", ela compreende que seu homem é frágil e ficará em silêncio diante de sua frustração, mas se sentirá tão forte a poder apoiá-lo nesses momentos. Serão falências, fracassos, demissões, falta de grana, e está ela a recebê-lo  em seu corpo não como amante, mas muito mais como um acolhedor cobertor amoroso a lhe dar aconchego.

A gente sabe e ela também,que ele é um "tarado" por natureza, muito visual, olhos atentos a todas as delícias que passam por ele. Tem uma imaginação mais fértil que seu "falo", por vezes eles (ambos) falam demais , ela se finge de cega, percebe o menino-grande que ainda mora dentro do seu homem e que ainda procura filminho pornô na internet, se delicia com os ensaios sensuais das pererecas virtuais, faz parte...

Quem sabe será ele o eterno companheiro a andar de mãos dadas pela vida,cheio de histórias reais e irreais para contar para os amigos da sinuca no bar. Que seja ele, aquele homem, que por pouco ou muito tempo, deixou nela o gosto dele, o filho, o amor, respeito e, quando se foi, deixou saudades do que foi bom, também uma senhora experiência em cima do que doeu demais e pra nunca mais.
 Este texto éuma singela homenagem a meu amigo Paulo Tamburro,, do pouco que conheço, admiro seu humor, perspicácia embasados em princípios fundamentais a um "Homem" com "H"..